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12/12/2015

"Era uma vez em Angola" - Guilherme Valadão

Olá Esquilinhos!! Tudo bem desse lado :)
Apresento o livro mais confuso, "educativo", "sensível" e com a capa mais bonita da minha estante!!





 

João, 10 anos e a mais perigosa fuga de sua vida.
 Na manhã de um dia quente, em Julho de 1948, João Botelho foge de casa em Lobito. Com destino a Luanda e inúmeros motivos que justifiquem a sua fuga, João tem ainda muito que caminhar. Durante a sua longa caminhada, João decide descansar por uns dias numa tribo. Os laços de amizade por lá criados foram fortes, principalmente com M'nara, que se tinha tornado quase uma mãe. No dia de partida o sofrimento pelo qual o rapaz passa ao despedir-se é perturbador, ter que despachar todos os momentos que sabe que não lhe serão devolvidos, mas a sua jornada continua.
[...Três anos depois...]

Este "pequeno" jovem agora com 13 anos e depois de ter atravessado mais de metade da sua meta, também tinha arrecadado um numeroso grupo de amigos e aprendera novos dialetos das regiões por onde passava. Mas todo o conto de fadas acaba porque, mal chega a Luanda é descoberto e retido numa prisão para menores. No dia  do julgamento o cônsul Inglês de uns amigos que tinha conhecido apareceu para demonstrar que a coragem de João e a capacidade que teve valiam ouro. O jovem não só tinha escapado como tinha sobrevivido durante três anos na selva, as profundezas de onde desencantara toda a determinação e a força, isso sim era importante. O cônsul apoiou o menor de uma maneira, que fez todos no tribunal não proferirem uma única palavra. Todos aguardaram a resposta do Juiz para aquele "sermão", mas até ele reconsiderou o caso do João. O futuro do rapaz estava agora na decisão da mãe, em Lobito. 



  Não divulguei o verdadeiro motivo da partida de João, pois isso só o livro desvendará.
Ainda agora penso no livro, é um autêntico reality show, não por ser falso mas por ser confuso. A história é muito dependente do tempo, isto é, o autor mistura o Passado, o Presente e o Futuro na mesma frase sem alertar para esses acontecimentos. O desafiador princípio (moral) do conto sensibilizou-me e ensinou-me que todos temos motivos para justificar os nossos atos.
  Não importa a idade, existem sempre pretextos.




"O tempo que dispomos para viver a aventura da vida não se compadece com a urgência dos  nossos anseios nem com o fim das nossas angústias!"




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